segunda-feira, 23 de agosto de 2010

HINO NACIONAL

"A Portuguesa" foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil, e foi utilizada desde cedo como símbolo patriótico mas também republicano. Aliás, em 31 de Janeiro de 1891, numa tentativa falhada de golpe de Estado que pretendia implantar a república em Portugal, esta canção já aparecia como a opção dos republicanos para hino nacional, o que aconteceu, efectivamente, quando, após a instauração da República a 5 de Outubro de 1910, a Assembleia Nacional Constituinte a consagrou como símbolo nacional em 19 de Junho de 1911.
A Portuguesa, proibida pelo regime monárquico, que originalmente tinha uma letra um tanto ou quanto diferente (mesmo a música foi sofrendo algumas alterações) — onde hoje se diz "contra os canhões", dizia-se "contra os bretões", ou seja, os ingleses — veio substituir o Hymno da Carta, então o hino nacional desde Maio de 1834.

Hinos da Monarquia - Marcos Portugal e D. Pedro

O Hino Patriótico, ou na sua grafia original Hymno Patriótico (forma completa Hymno Patriótico da Nação Portugueza), pode ser considerado o primeiro hino oficial de Portugal. Composto em 1808 por Marcos Portugal e dedicado ao Príncipe Regente D. João VI foi inspirado no final da Cantata La Speranza o sia l`Augurio Felice do mesmo autor. A data da sua oficialização enquanto hino nacional é incerta, sendo apontado o primeiro quartel do século XIX.
A letra sofreu várias mutações, sendo originalmente destinada ao Príncipe Regente começava com a frase "Oh Príncipe Excelso...". A primeira estrofe do hino já após a subida de D. João VI ao trono é a seguinte:

Eis, oh Rei Excelso
os votos sagrados
q'os Lusos honrados
vêm livres, vêm livres fazer
vêm livres fazer

Por vós, pela Pátria
o Sangue daremos
por glória só temos
vencer ou morrer
vencer ou morrer
ou morrer
ou morrer
Este hino Nacional Monárquico que podes ouvir e entoar foi composto por D. Pedro IV de Portugal ( D. Pedro I do Brasil), chamado Hino da Carta e substituiu o Hino Patriótico composto por Marcos Portugal, tendo vigorado de 1834 até 1910.